Primeiro foi o bule, de seguida foi a asa. Que mais irás quebrar. Não sei o que fazer com o teu sim, o teu não, o teu passa-me o açúcar. A distância dos teus olhos, não a sei abreviar, o latido dos teus sonhos não me deixa adormecer. Gostava de te amar um pouco menos, de voltar ao meu rebanho de feridas e sopores, regressar ao rijo barro dos domingos em que não te conhecia, ao supor de suas tardes, quando ainda não sabia da dureza do cimento nem dos modos de quebrar e ser quebrado. José Miguel Silva