seguíamos a água porque a secura nos cercava como um animal quase louco do alto de pedras antigas avistávamos cidades para onde partíamos a todas as horas metrópoles de ventos eufóricos que nos sopravam a humanidade inteira na forma do grito e do olhar e no incêndio infinito do sangue e eram tão poderosas as palavras que sabíamos tão nobres os silêncios por onde elas espelhavam e tão grande era tão grande o coração que as ouvia, que as guardava num secreto para sempre! Gil T. Sousa