Nada espera que deposites os olhos num retrato de instáveis elementos a erva vai subtraindo a maresia com sigilos de carteirista os metros de madeira carcomida sorvendo a secreta álgebra dos pés sem que se lhes adivinhe um sufoco de saciedade os cacos de vidro desbaratados pelo espaço como as veleidades da juventude vão cintilando numa cantilena cada vez mais fanada Mas quando o fazes quando fechas a luz na gaveta de um instante há como que um reconhecimento no espelho uma demasia que estava por saldar e que coube no desplante da tua palma subitamente revelada Vasco Gato