Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva, com pressa, ante nós, derramando-se na cinza. Leva um recado. Da chuva arranca vida como um melro ante um jardim de fruta. Quando a chuva cessa, detém-se a árvore. Vislumbramo-la direita, quieta em noites claras, à espera, como nós, do instante em que flocos de neve floresçam no espaço. Tomas Tranströmer