Não há verbo nacarado que consiga O aroma dos meus braços voantes e abertos À recolha da solidão e do desastre, os meninos Todos para mim, explosão de afecto em minha ara. Não há verbo, precisamos do silêncio para dizer Precisamos de sentir para falar em cada dedo Sulcando o meu ventre pelo escuro da origem Viajando até ao luar dos olhos compreendidos Sinais de todos os músculos e de outras forças De que me faço e me fazem embarcação Dos nautas que não desistiram do infinito. Alberto Augusto Miranda