Entre coisas mil, escrever um romance não seria mau; uma coisa que tivesse assim por exemplo um enredo e tudo - uma estória com meio e pouco exemplar. Mas vejamos: Mais que trabalho certo, ao qual nem por isso sou dado (a coisa vai mais pelo sacrifício, o que a ver é um pouco estúpido), tal exige uma espécie de circunferência que não me vai ao osso, nem querendo. E quanto ao talento, ou falta dele, melhor não ir por aí: é tópico abstruso e conceito ingrato; a modéstia é um luxo reservado aos menos idiotas e a pessoas boas com bons argumentos - já li coisa bem má, sem me sentir melhor ou pior por isso. Mais vale pensar que é um conceito abstracto, a pensar nisso - e cai sempre bem, no mínimo as vezes (fosse isso interessante). Quero que me enchas as manhãs, e as faças inteiras, das zero às vinte e quatro - no tempo dos segundos primeiros. Com muitas festas, muitas, para lá de esferas, esperas e arrelias. Gostava que me desses apenas mais um milagre. No tempo do pai, do filho, e do espírito santo. Rui A.