A beleza
não proporciona sonhos doces; derrama-se
na insónia azul do gelo
e na matéria do relâmpago.
Em cal viva, em
lâminas queimadas,
gira sem descanso; a sua
perfeição é a vertigem.
A beleza não é
um lugar onde os
cobardes vão parar.
Viva em sua luz
o meu pensamento. Quero
morrer em liberdade.
Antonio Gamoneda