O fogo tremula na lareira funda do escuro salão;
As pessoas abandonaram-no, dormem certamente;
O fogo a sós: o gozo atarefado da sua vida,
Os pequenos dançarinos louros arremessando os braços ao alto,
O bramido suave e o sussurro incessante e as brasas que caem;
As sombras de grandes pedras lúgubres vão com ele
Subindo e descendo as paredes numa dança, as sombras das colunas de pedra vacilam como canas.
Que sabedoria a sua, vivendo a sua vida sumptuosa e rubra
Sem se importar com onde, nem quem observa, nem se alguém observa.
[...]
Robinson Jefferson, trad. Vasco Gato