Atentemos na meia-lua,
Como avança à medida que vai falhando;

Como encontra a sua verdadeira completude
Permanecendo todavia por completar;

Como conhece o seu próprio caminho,
E como se erguerá cruzando a noite
Com a frieza no olhar,
Sem medo, sem pena --

Possam as meias-luas erguer-se

Das pontas tenebrosas dos meus dedos
Tal como se erguem no céu,

Sem remorsos, sem desculpas.

Charles Wright, trad. Vasco Gato