Atentemos na meia-lua,
Como avança à medida que vai falhando;
Como encontra a sua verdadeira completude
Permanecendo todavia por completar;
Como conhece o seu próprio caminho,
E como se erguerá cruzando a noite
Com a frieza no olhar,
Sem medo, sem pena --
Possam as meias-luas erguer-se
Das pontas tenebrosas dos meus dedos
Tal como se erguem no céu,
Sem remorsos, sem desculpas.
Charles Wright, trad. Vasco Gato
Sem remorsos, sem desculpas
Publicado em 21 de Setembro de 2016