Encontro-te nos felizes desembarcadouros,
consorte da noite,
hora desenterrada
quase tepidez de uma nova alegria,
graça amarga do viver sem estuário.
Virgens caminhos oscilam
frescos de rios adormecidos:
E sou ainda o pródigo que ouve
no silêncio o seu nome
quando chamam os mortos.
E é a morte
um espaço no coração.
Salvatore Quasimodo, trad. Vasco Gato
Um espaço no coração
Publicado em 16 de Dezembro de 2016