Montanhas não as há senão no espírito
Povoado de gnomos e de espectros.
Urdindo continentes, quem os vê
Solitariamente encobertos?
Passam os anos reavendo pleitos.
Tocam sinos mas não foi por mim.
Abri caminhos mas não os cumpri.
Do sonho ao acto vai um rio fundo
Onde peixes e pedras digladiam
Résteas de sol perdido entre jardins.

Ruy Cinatti