Os dedos com que me tocou
persistem sob a pele,
onde a memória os move.
Tacteiam, impolutos.
Tantas vezes o suor os traz consigo da memória,
que não tenho na pele poro através do qual
eles não procurem sair quando transpiro.
A pele é o espelho da memória.
Luís Miguel Nava
o espelho da memória
Publicado em 29 de Novembro de 2017