Um dia fugaz vivi e cresci junto aos meus,
Um após outro se me adormecem e vão fugindo para longe.
E no entanto, embora adormecidos, no meu coração estão despertos,
na alma aparentada repousa em mim a vossa imagem que se afasta.
E ainda mais vivos ali viveis, lá onde a alegria do espírito divino
a todos os que vivem envelhece,
e a todos os mortos rejuvenesce.
Friedrich Hölderlin, trad. Ines Thomas Almeida
Os mortos
Publicado em 31 de Dezembro de 2017