A mão aberta já não liga
E o sol desce tão devagar como o último voo das pombas
Há nos meus olhos dois poços
Na paisagem
Duas estrelas que ferem como rodas dentadas dentro de máquinas
E é noite. No meio do escuro peço
Uma pedra incendiada. Pego-a com ambas as mãos
Levo-a à boca e das chamas bebo
Água
Daniel Faria
Água
Publicado em 18 de Abril de 2018