Caem limões
na ilha de Procida.
O amarelo
tingiu as casas.
Os homens
com os seus corações
pintaram de vermelho outras.
O verde da natureza
ficou guardado
para os mais discretos.
O azul do céu e do mar
da Itália e dos gregos
fez-se suave nos prédios.
E a prisão ao alto
um monumento
no seu império de cores
de gatos e de mistérios.

Rui Esteves