Da saudade já se disseram tantas coisas, e por tantos
(dos mais aos menos ilustrados, no dizer da coisa forte),
que quase parece escusado (quase abuso)
tocar no tema.

A saudade tem muito de um tempo preciso e meio exacto,
no lembrarmos o que queremos
(guardando o que tivemos, limando
as arestas não perfeitas).

A saudade é algo assim como um mapa que fazemos,
um verbo resistente ao vento
(e a algum do nosso tempo).

Na saudade cabem sonhos e tropelias de meninos,
algumas arrelias, exageros e sucessos vários;
Caricas, jogos da macaca, enamoramentos
(entre outros tamanhos, causas e consequências).

A saudade é uma coisa meio estranha
(já o diziam persas e fenícios),
e aí nos encontramos.

Saudade é ficar um pouco.

Rui A.