Era um choro de olhos
Abertos; um copo de silêncio
A esvaziar de um trago;
Um corpo ácido como certas
cidades nocturnas.

Era essa canção de pedra
Que os rios murmuram; esse
Muro de ramos partidos numa
Secura de lábios; a sombra
Que desce com a chuva.

Nuno Júdice