Tínhamos entrado, tudo o indicava, com precipitação e por toda a parte ao mesmo tempo, na idade do vulgar. Estas gentes, herdeiras indignas de um espírito que tinha iluminado a Europa, retiravam o prazer e o comum da sua conversa do espectáculo quotidiano de marionetas de borracha que supostamente representavam os grandes deste mundo, representações em que o grosseiro dos traços não cedia senão à estupidez estereotipada das réplicas: julgavam ver nisso um tom de Molière. Esquecera-se o humor em favor da chalaça, a insolência em favor da canalhice.

Olivier Rolin, in Porto-Sudão, trad. João Duarte Rodrigues