É no teu corpo que as palavras se perdem
vives num reino de pedras e quietude
animais mansos duros impenetráveis

os teus gestos perpetuam-se no tempo
- só a esboçar levam anos, não há morte para ti -
e é no espaço que se engastam para sempre

E no teu corpo como se nada fosse(s)
vão morrer os gestos e as palavras

Rui Caeiro