Para lá das coisas do vinho e de mulheres
(com que sempre falaste à altura do teu gosto),
mais que estar á altura eu quero dizer-te como:
Como me agrada, a forma como te diriges às pessoas;
Como acho fantástico, que bebas tão bem, numa religião que suponho ser tua;
Como me impressiona, o som das cores no recreio que me dás.
Dos teus netos não conheço nada de relevante,
nem mesmo para os esquilos
(que estão sempre contentes, segundo o imaginário).
Aí, amigo, acho que falhaste.
Omar, Omar, Omar,
o meu cálice é o tempo do teu tempo
Rui A.
Omar Khayyam, ou o cálice do tempo
Publicado em 30 de Abril de 2020