Sejamos sérios:
O discurso poético está praticamente esgotado.

Nada pode ser dito que não tenha sido já escrito
mil e tal vezes melhor.
Muitos néscios, vários cultos e poderes
corroboram a apreciação

(muitos poetas e gente interessada, irrazoáveis que sejam,
não chegam ao ponto de desaceitar).

Os gregos disseram coisas lindas sobre o sexo, é verdade,
e os romanos não terão ficado atrás, com maior e magnífica
perversidade
(os tesouros de outros tempos e latitudes vão além das estórias contadas).

É manifestamente inconveniente julgar que a poesia vai para lá das novidades
e da invenção do cobre.

E impressionante, ver de onde nascem os elefantes:
deve ser preciso amor.

Rui A.