Há uma gramática no teu corpo,
e soletro cada palavra
que o teu olhar me oferece.
Limpo as sílabas que te
escorrem pelo rosto com um lenço de
vidro, descobrindo a tua transparência.
E sais de dentro de um pó de
advérbios, para que eu te dê um nome,
e a vida volte a correr por ti.
Nuno Júdice
Longe
Publicado em 6 de Julho de 2020