Se uma vez por outra escrevo é porque certas coisas não se querem separar de mim tal como eu não quero separar-me delas. No acto de escrevê-las elas penetram em mim para sempre - através da caneta e da mão - como por osmose.
Na alegria, nós movemo-nos num elemento que está todo ele fora do tempo e do real, com presença perfeitamente real.
Incandescentes, atravessamos as paredes.

Cristina Campo, trad José Colaço Barreiros