Mais que nunca, rezo pelos meus pecados colectivos:
oxalá resistam ao tempo e permaneça a vontade de os praticar
em conjunto.
Incluo no rol algumas mentiras piedosas, daquelas que
não fazem mal a ninguém mas supõem ouvintes:
como dizer a alguém que parece mais novo em cada dia que passa,
ou que está tudo bem, obrigado.
Ou aquilo de fazer o mais possível, coisa linda de dizer.
Rezo para que voltem depressa e não sejam breves.

Muitas mais belas coisas já antes escapavam,
e falta o interno aconchego de carregar
no excesso de apartamento.
Estão para lá do que espero recuperar pela Páscoa
ou meses por vir
(continuo, para já, um ser medianamente racional).

Rezo que as minhas mãos se toquem nas tuas,
mesmo se com alguma incrível inocência.

Rui A.