dou os meus prantos às procelas
para que cessem e me deixem
dou os meus sonhos às estrelas
para que os meus sonhos não se queixem
fico só como o lobisomem
na estrada sem forma e sem fundo
meus sonhos no ar dormem dormem
à espera da manhã do mundo
vê tu se nesta alegoria
descobres porque estou inteiro
e nunca terei agonia
sem fartar meus sonhos primeiro
Mário Cesariny
em forma de poema
Publicado em 18 de Abril de 2021