Tive há pouco genial ideia
(entre várias outras, o que sucede em fases do esqueleto),
em forma de frase, palavras ligadas
a unir o mundo.

Infelizmente, caía uma inesperada chuva de Abril,
e é difícil estar à altura de Abril.

Esta ocorrência científica e demonstrável atrasou regresso a casa, contratempo que remete para
estação mais temperada, e ao nosso alcance, a comunicação de uma ideia que tenho ainda e nos
minutos mais cerca por conta de genial. As palavras escapam, tal como o desejo, as palavras são
pouco discutíveis gémeos pares e ímpares no mínimo do mapa. E sem palavras não há objecto, sem
lei não há dever. E há, sem sombra, ou coisa que se lhe assemelhe, personagens escanifobéticos em
todos os lugares do mundo.

Existe (dizem) quem culpe sem dúvida o esquecimento, e quem fale de matéria seca.
Há ainda os cépticos, essa maravilha da Democracia,
e há os merceeiros.

Prefiro o líquido, e o estado exaltado, por vezes meio-esquecido.
Mesmo se o mundo priva, confesso.

Verdade líquida essa, verdade essencial que pratico e não esqueço.
Condição necessária, mesmo se não bastante e tão bastas vezes adversa (o supracitado princípio da
verdade, entendido como postulado) há demonstração de um génio que o é de tal forma que
impossível será reproduzi-lo, ou fecundá-lo de igual modo. Seja por simplicidade, seja por
sofisticação, seja por outro palavrão digno de o ser.

Uma garrafa faz sempre falta
e os museus bem que podiam ser maiores.

Rui A.