In memoriam de Pedro e Tânia Du Bois, com gratidão pela partilha de tantos poemas e um imenso respeito

Derrota: estéril me apresento
no isolamento da palavra negada
aos afazeres: recolho ideias
e as coloco sobre o piso
sapateio até que indeléveis
não sejam notadas: a derrota
iguala e no silêncio
traço despedidas: no vento
em nuvens tenho o desenlace.

Derrotas não me ensinam
arbitram a vida e a tornam imenso
vazio decorrido em perdas.  A vitória
seria a vida: o pulso acelerado
diante da amada e na certeza
pulsam ideias indefinidas.

Pedro Du Bois