Interrompi os versos por laranjas.
E volto sempre a ti mesmo que não.
É estranho que pacíficas laranjas
não me consigam afastar de ti.
E que senil te pendure outra vez
na mesma corda, as molas sempre iguais
e que se chove corra a apanhar-te,
não te vás desbotar ou romper,
ou sei lá, por húmida metáfora
ou bolorenta imagem de cordel.
Ana Luísa Amaral