Que horas são? É escuro. Quase as três.
Parece que não torno a fechar os olhos.
O pastor da aldeia faz estalar o chicote à alvorada.
O vento frio soprará na janela
que dá para o pátio.
E estou só.
Não é verdade. Com
toda a onda penetrante do teu
ser puro, tu estás comigo.

Boris Pasternak, trad. Manuel de Seabra