A memória é uma costureira e, não bastasse isso, das cheias de capricho. A memória conduz a sua agulha para fora e para dentro, para cima e para baixo, para cá e para lá. Não sabemos o que vem em seguida nem o que virá depois. Assim, o ato mais corriqueiro do mundo pode agitar milhares de fragmentos discrepantes, desconectados, ora acesos, ora apagados, subindo e flutuando e descendo e oscilando...

Virginia Woolf