É naquele remoto sopro
dentro do coração
que cada um reconhece
o seu destino.
O sonho mais proibido:
a ideia de um infinito
por fim quotidiano
deixado em sorte
ao corpo do amor.
Rendido e aprisionado
para conservar intacto
o seu sabor,
subtraído ao vazio
apertado entre as coxas
longamente, em vão,
como a água
que todavia escorre
da mão.
Paolo Ruffilli, trad. Manuel Simões e Maria do Rosário Pedreira