Gostaria de saber as cores e os sinais
nas costas e peito de Levante,
que me falasses no caminho melhor
de o procurar.

Enfim, que me dissesses de formas mais razoáveis,
não únicas nem muitas
(mas sim, muitíssimo mais simpáticas,
e sim, não só pela limpeza),
de me perder.

É contra qualquer regra ou princípio epistemológico buscar Levante, ou qualquer cais, sem
uma certeza ou interrogação mínima. Não conheço nenhum Francisco que o tenha
conseguido, e é talvez bizarro, não encontrar nisso qualquer consolo.

Os meus fantasmas mais queridos têm-me evitado, penso que não querem que os encontre
neste lugar.
Aprecio a sombra e as raízes, como eles, e talvez esteja aí o melhor de um lado feminino e
talvez nocturno.

Vivo de sinais, e não quero ir ao dermatologista.

Fala-me do caminho para Levante,
fala-me do que não há.

Rui A.