A tarde caía lenta
e doce. Perto da noite,
foram luzes apagando-se
e o silêncio apalavrou-se.
Foram só um nesse tempo.
Ao alto era tudo móvel
e expansivo. Celeste
como o azul desse nome
atento ao grave sossego
que, puríssimo, o acolhe.
Mas quem nomeia? O silêncio?
É nele que crescem, se movem
os ritmos do pensamento
antes de entrarem por onde
a noite subiu ao centro
transfigurado da noite.

Fernando Echevarría