Do que vai à frente
e do que segue atrás,
do que dura e do que perece,
me desfaço,
liberto fico
do sopro forte,
do vento suave,
e quieto, apoiado nas mãos
com as costas dobradas até acima,
apoio no solo,
coração
renunciando armas, faltas,
orações com que debelar as faltas,
brando organismo, entidade
que ignora como dizer: «Eu sou»
e na doença e na morte,
nascimento e velhice,
já não encontrará lugar,
como não o encontraria o tigre
para meter as garras,
o rinoceronte o corno,
a espada seu gume.
Antes fazia, agora compreendo.