Espero-te nos vagares do tempo, indiferente às estações que recolhem desabrochando num sentido ignoto das coisas -, no balouçar trémulo das esfinges do espaço redimo consciências de outrora, ondulando ao sabor do vento o nu perdido das árvores. Avanço um pouco mais para me deter à tua espera e na distância contada sujeito-me ao brilho do teu olhar. Vejo-te caminhar abrindo à oferta dos Deuses a singular passagem do teu ser. Como vens radiante no córrego do nosso amor! - lançando teu próprio rastro para abrir novo sulco a meu lado (...).

Ruben A.