E por vezes lamento que quando a erva
Cresce sobre as pedras em vales tranquilos
E o panasco se inclina ao longo dos sulcos da carroça
Eu não seja a voz dos camaradas do campo
Que estão agora de pé nalgum promontório a falar
Sobre nabos e batatas ou milho novo
Ou rampas de relva debulhadas para a vitória.
Aqui a Paz ainda vende pelas ruas
Os seus pentes coloridos e cachecóis e contas de corno.

No alto de um promontório junto a uma sebe chorosa
Uma lebre senta-se a observar um regaço de folhas lavradas,
Há uma velha charrua num cume coberto de ervas daninhas
E alguém carrega aos ombros para casa a sela do arado.
Fora desta terra da infância quem são os loucos que sobem
Para lutar com os tiranos Amor e Vida e Tempo?


Patrick Kavanagh