Agora medirei o tempo
Pela vara erguida ao meio-dia
Pela areia a descer o coração
E o sono
Pela cinza no cabelo de Jacob
Pelas agulhas no colo de Penélope
Agora lavarei a minha face
Sem perturbar os círculos da água
Medirei o tempo pelo peso da pedra
De Sísifo, perto do cimo
E pelo musgo que dificulta
A firmeza dos seus pés
Daniel Faria