Tumulto, choro, novos fantasmas.
Desolado, envelhecido, sozinho eu canto
Para mim mesmo. Farrapos de nevoeiro caem
No entardecer. A neve avança
Por entre o vento. O copo de vinho
Entornou-se. A garrafa está vazia.
O lume apagou-se no fogão.
Por todo o lado os homens sussurram,
Enquanto eu cismo na inutilidade das palavras.

Du Fu (712–770), trad. de Bruno M. Silva