os dias vão indo
caídos no papel,
e rasgá-los não os lava
da hora que vem depois.
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é tudo uma questão de senha.
a gente diz borboleta,
e o inimigo crucifica-a
nas paredes de cada manhã.
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é tudo tão previsível.
e não há quem saia ileso
de um golpe de Lua cheia.
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Emanuel Jorge Botelho