Ligar o mundo por um istmo,
um canal de sangue e virtude. Ligar o mundo pela fronteira incendiada,
destruída até ao raso chão. Escutar. Rente ao chão depositar o rosto,
depois seguir caminho, como quem do chão
pede um segredo, uma verdade
num corpo e numa alma, como nos disse o vidente.
Assim deposito o rosto nesse chão
e escuto atentamente a anónima violência,
o metálico som da cidade.
Luís Quintais