Somos um projeto de autocriação colectiva. E se a história humana fosse abordada dessa forma? E se nos tratássemos, desde sempre, como criaturas imaginativas, inteligentes e divertidas que merecem ser entendidas como tal? E se, em vez de contarmos uma história sobre como a nossa espécie caiu de um estado idílico de igualdade, perguntássemos como é que ficámos presos a grilhetas conceptuais tão apertadas que já nem sequer conseguimos imaginar a possibilidade de nos reinventarmos?

David Graeber