Não sossegue eu mais, que um bonifrate, De urina sobre mim se vase um pote, As galas, que eu vestir, sejam picote, Se jogar o xadrez, me dêem um mate E jogando às trezentas um capote, Faltem-me consoantes para um mote, E sem o ser me tenham por orate. Os licores que beba, sejam mornos, Os manjares, que coma, sejam frios, Não passeie mais rua, que a dos fornos.E para minhas chagas faltem fios, Na cabeça por plumas traga cornos, Se meus olhos por ti mais forem rios.D. Tomás de Noronha
Pragas várias
Publicado em 4 de Outubro de 2024