O velho soalho das tábuas pode conter
pés futuros. Quero dizer: tudo simplesmente
acontece para a habitação no mundo.
Atraem o abismo, ecoam no abismo, os pés
da nova criança. Ela administra
o pequeno quarto, também de lambrins brancos,
onde a poetisa Luíza outrora ceramizava.
E onde a era nova vai despontar,
quando a nova criança o soalho pisar.

Fiama Hasse Pais Brandão