Desconcerto habitual Saí para comprar
Desconcerto habitual
Saí para comprar algumas coisas de que julgava precisar para uma viagem que penso fazer em breve. Comprei livros, como sempre, e aí se exauriu uma boa parte da verba destinada a menos subversivos pertences. Dois são , no entanto, justificadíssimos pelo tema: A conversa de Bolzano, de Sándor Márai, e À margem de Casanova, de Miklós Szentkuthy, ambos editados pela Teorema, devem explicar-me o que nunca entenderei sobre Casanova; Histórias e contos, de Walter Benjamim, vindo a lume pela mão da mesma editora, tem dupla justificação - o autor e o gosto da short story, fraqueza de que nunca me redimo. Por fim, com justificação mal oculta e razão evidente, O mundo depois da guerra no Iraque, edição Relógio D'Água, com textos de Hobsbawm, Adriano Moreira, Pacheco Pereira, Filomena Mónica, Sloterdijk, Chomsky, Norman Mailer, Gore Vidal. Na próxima semana, quando voltar para ao pé do mar, vai ser bom.
Ana Roque
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Publicado em 26 de Julho de 2003