Em memória do tempo outro (ou dos fios absolutos) Os sulcos da memória O rumor do pulso, a lentidão do mar na dobra do lençol, as inumeráveis vozes do verão em ruína - a carícia hesita entre os olhos e a mão. Eugénio de Andrade, in Os lugares do lume, ed. FEA. Nota de leitura: o "verão em ruína" pode ser uma primavera qualquer, numa baía profunda, com montes que suspiram fumo vivo, o sol glorioso, o pó e as pedras ainda quentes de tantas sombras que não partem. Ana Roque --------