Refém Esta altura do ano dita-me regras com mais premência do que qualquer outra (salvo, talvez, o Natal, que também é impositivo por idênticas razões). É o momento de pagar fidelidades, retribuir apoios recebidos, fazer menos o que realmente se quer e mais o que esperam de nós aqueles que estão incondicionalmente connosco, os que têma partilha involuntária do sangue e a proximidade querida do espaço. É a altura de, não porque se seja cigarra( os "tontos" que vão para férias) ou formiga(os entes superiores, que ficam em casa a brunir o intelecto) once and for all,mas sim porque, muito simplesmente, as cedências são a condição sine qua non da convivência próxima, da partilha de vida. É, pois, uma espécie de limitação voluntária da liberdade de movimento que me faz passar agora a gafanhoto por uns tempos, saltando de uma casa para outra de acordo com as conveniências da vilegiatura. Não seria mau se não ficasse privada dos blogues. Mas fico, e sei que vou sentir-lhes a falta. Ana Roque --------