Do desejo Será a morte do desejo o que marca a essência do fim do corpo? Mesmo que existam ou possam existir inúmeras transubstanciações da inteligência, ou da alma, o corpo , condenado inequívoco e inescapável, não começa a sua desaparição nesse momento preciso em que cegou para o brilho do outro? Parciais, somos todos, por definição; cada um é só uma parte, que às vezes, de repente, se confunde com o todo. E habita, fogo breve, os olhos de alguém. O equinócio traz consigo brandas inquietações. Ana Roque --------