A fascinação da liberdade Numa breve (mas muito interessante) entrevista* feita por Filomena Naves, Gregory J. Chaitin, um norte-americano que, aos 15 anos, começou a trabalhar sobre a ideia que modificou a teorização sobre os limites da matemática, diz o seguinte: "Ainda não tinha 13 anos, quando deparei com o teorema de Godel (formulado em 1931) sobre os limites da matemática. O que me fascinava era como se podia utilizar a matemática para mostrar as suas próprias limitações. (...) Aos 15 anos tive uma ideia, a da aleatoriedade, acreditei que era por ali e consegui depois chegar à sua definição. A noção de aleatório aqui não significa, como na física, a imprevisibilidade, mas a ideia de não obediência a uma lei, a ausência de estrutura ou padrão". A inteligência como instrumento da liberdade mais absoluta - a de percorrer todos os caminhos, mesmo os que ainda não existem. *in Dn, ed.23 de Janeiro 2004. --------