Ainda sobre a mudança (na pele? da pele?) Mudar é difícil; mesmo quando se quer e se pode, custa, requer tempo, persistência, determinação. Mudar é matar qualquer coisa em nós: um hábito, uma rotina, um vício, uma virtude. Uma vez, há muito tempo (em cronologia de blogue, entenda-se, já que foi em Outubro...), escrevi um pequeno texto sobre a recusa do amor, a que chamei "o suicídio parcial e indigente da alma". A seu modo, mudar no que se acredita necessário para construir, num esforço de crescimento, de libertação, não deixa de ser a eutanásia de uma parte condenada de nós mesmos. Mas, mesmo assim, causa uma pena, uma qualquer pequena dor sentida por surtos. Ad augusta per angusta, disse. E é, mas de maneira tão diferente do sonho. Convenhamos: old habits die hard. --------