Moral da filosofia da montanha (ou tributo remoto a um divulgador de Nietzsche) Ad augusta per angusta, lema oferecido por quem sabia que era assim, não é um engodo, um apelo (interesseiro) ao masoquismo, próprio ou do outro, recurso quase sempre enterrado num qualquer recanto da alma; é uma regra, passível de constatação se assim quisermos, em qualquer momento onde a mediocridade das circunstâncias nos desconsole. A dor da ruptura, suportada com determinação, é o impulso necessário à escalada, muitas vezes íngreme, na busca da realização. Podemos não chegar ao topo, mas nunca o saberemos se não tivermos a coragem de tentar. É preciso sublimar, criar força espiritual e elevar o olhar (como, de certo modo, estabelece o célebre tríptico nietzscheano- sublimieren, vergeistigen und aufheben), tentando chegar o mais próximo possível do que somos capazes. Em suma, até "ser alguém que não se negue mais". --------